Água
As cervejarias se instalavam próximas a rios por precisar de água abundante e principalmente pela água ser potável. Alguns rios ficaram famosos pelas cervejas produzidas neles, como é o caso de Burton, na Inglaterra, por acentuar o amargor das cervejas com mais lúpulo. Com as análises químicas, foi possível identificar os sais minerais presentes nesses rios e estudar o efeito de cada um na cerveja. Hoje é possível corrigir a quantidade de sais minerais na água que é utilizada na produção da cerveja, servindo como nutriente para a fermentação ou acentuando os sabores maltados ou de amargor.
Malte
O malte é o grão de cevada que foi modificado na maltaria e é utilizado para a fabricação de cervejas e também whiskys. Na cerveja, a seleção de maltes é responsável pelo corpo, cor e sabor de cada estilo de cerveja. São vários os sabores que podem ser obtidos dos maltes que são produzidos na maltaria: cereal, caramelo, defumado, biscoito amanteigado, café, chocolate e até carvão. O Mestre Cervejeiro faz a seleção dos maltes e define a quantidade para produzir os diversos estilos de cerveja.
Lúpulo
O lúpulo é a flor de uma trepadeira nativa da Europa, Ásia ocidental e América do Norte, que chega a 6m de altura e é da família Cannabaceae. Durante a produção da cerveja, o lúpulo libera resinas e óleos essências que dão o amargor, sabor e aromas cítricos, herbais, condimentados e terrosos. Começou a ser utilizado pela monja Hildegarda de Bingen no século XII por ser um conservante natural e prolongar a validade da cerveja, além dos sabores e aromas que proporciona. Entre os séculos XVIII e XIX, os ingleses tiveram que turbinar os barris com lúpulo para que as cervejas aguentassem a viagem até a Índia, que era colônia inglesa, assim nasceu o estilo IPA (India Pale Ale). Hoje, vários países cultivam o lúpulo e a cada safra surgem sabores e aromas novos.
Levedura
O cientista francês Louis Pasteur fez várias descobertas nas areas de Química, Biologia e Medicina, no século XIX, sendo as mais conhecidas a vacina contra raiva e a pasteurização de leite e sucos. Mas Pasteur também é responsável pelo conhecimento da fermentação alcoólica na produção de cervejas! Com esse conhecimento, desde 1780 se tem a comercialização de leveduras na Europa. Com isso, é possível criar as mesmas receitas de cerveja em todo o mundo. As leveduras, também chamada de fermento, consomem o açúcar do mosto (pré-cerveja) e produzem álcool, gás carbônico e aromas frutados e condimentados. A escolha da levedura a ser utilizada para a fabricação da cerveja é feita pensando em todos aromas e sabores que ela irá gerar.